Gestão ambiental: complexidade sistêmica em bacia hidrográfica
A interação e a interdependência das unidades físicas e sociais ocorrem nas interfaces de onde emerge a dominação, que se sustenta em um poder transitório diferenciado no tempo e no espaço. Neste contexto, encontra-se a Gestão Ambiental e constata-se que a organização não é somente construída puramente pelas unidades sistêmicas, mas também pelas ações que as conectam e lhes dão coerências construtivas, que formam, sustentam, regulam, regem e revelam a unidade complexa inter-relacionando-as com sua totalidade, assim como o complexo das relações entre a totalidade e as unidades. A interação se manifesta no conjunto das ações, relações e retroações que ocorrem e se constroem em um sistema permeado pelo poder transitório. A complexidade sistêmica se manifesta na concepção das múltiplas interações das unidades naturais e sociais, em diferentes organizações, que se materializam em um determinado território dinâmico e integrado. Em uma pesquisa bibliográfica, busca-se a análise diferenciada da gestão ambiental com percepção sistêmica e complexa em um determinado território com seus limites arbitrados pelos pressupostos conceituais de bacia hidrográfica e seus interflúvios. Fundamenta-se na abordagem sistêmica complexa de Edgar Morin e nos conceitos de burocracia e poder, de Max Weber, e de saber e poder, em Michel Foucault. Considera-se que há necessidade de ampliar a concepção de um sistema constituído por elementos simples, desconectados e integrados de forma fragmentada, para uma concepção de relações múltiplas que exprime a organização particular de um determinado território que possibilite uma gestão ambiental complexa com limites claros e precisos.