A pesquisa teve como objetivo utilizar geotecnologias no mapeamento de risco de incêndio florestal no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) e em sua área de entorno. A área de estudo apresenta 2376,73km2 e está localizada na zona UTM 23S, entre as coordenadas 177422 – 248096mE e 8420578 – 8473325mN, à nordeste do estado de Goiás, englobando parte dos municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante e Colinas do Sul. Para a realização desta pesquisa, foram utilizadas cartas topográficas, com escala 1:100.000 editadas pelo DSG; imagens TM/Landsat 5; imagens Ikonos; Modelo Digital de Elevação da missão SRTM; dados diários das coordenadas dos focos de calor detectados pelos satélites NOAA, GOES, AQUA, TERRA e METEOSAT, disponibilizados pela Divisão de Processamento de Imagens do INPE; e dados climatológicos da área de estudo. A metodologia utilizada foi fundamentada nas pesquisas de diversos autores, dentre eles, Chuvieco e Congalton (1989); Ferraz e Vettorazzi (1998); Oliveira et al. (2004); Santos (2007); Ribeiro et al. (2008), sendo adaptada de acordo com as características da área de estudo. Tendo como base os fatores preponderantes para risco de incêndio florestal, foram elaborados os seguintes mapas temáticos: uso da terra e cobertura vegetal, hipsometria, declividade, orientação das encostas, proximidade de estradas e de áreas urbanas, precipitação, temperatura média do ar, deficiência hídrica e evapotranspiração potencial. Para cada mapa temático, foi elaborado um mapa de suscetibilidade ao fogo, com classes variando entre alta, moderada e baixa. Foram consideradas como tendo alta suscetibilidade ao fogo as áreas do PNCV e entorno que apresentaram as seguintes condições: ocupadas com as categorias de uso da terra e cobertura vegetal Savana Parque, Savana Gramíneo-Lenhosa e Pastagem Cultivada; altitudes menores que 1200m; declividades maiores que 40%; vertentes com orientação voltada para o norte, nordeste e noroeste; áreas próximas a rodovias, trilhas fora do parque e áreas urbanas; precipitação mensal inferior a 25mm; temperatura média mensal superior a 26°C; deficiência hídrica mensal superior a 90mm e evapotranspiração potencial mensal superior a 120mm. Os mapas de suscetibilidade ao fogo foram integrados utilizando uma equação matemática para modelar o risco de incêndio na área de estudo, gerando mapas de risco de incêndio florestal referentes aos meses de junho a outubro. Os resultados obtidos mostraram que o PNCV e sua área de entorno apresentam maior risco de incêndio nos meses de agosto e setembro (risco extremo), sendo a região oeste a mais crítica. Além disso, deve-se também direcionar atenção especial às áreas que apresentam maior concentração e acesso de pessoas.

Anexos: 

Dissertação - Tatiana Diniz Prudente