Cartacterização do meio físico e avaliação do desmatamento no município de Cacoal - RO, de 1987 a 2007, utilizando técnicas de geoprocessamneto

Curso: 
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Data da Defesa: 
10/06/2009
Palavra Chave: 
Geoprocessamento, sensoriamento remoto, SIG, desmatamento, Cacoal, sub-bacias hidrográficas e uso antrópico e natural.

O objetivo geral da presente pesquisa consiste em realizar o levantamento e mapeamento do meio físico e avaliar os desmatamentos no município de Cacoal, Estado de Rondônia, utilizando técnicas de geoprocessamento. Este objetivo foi alcançado através da elaboração de mapas temáticos da área de estudo, dentre eles, os mapas de uso antrópico e cobertura vegetal dos anos de 1986, 1999, 2005 e 2007. Para a realização desta pesquisa foi relevante a utilização de materiais e técnicas computacionais modernas e eficientes disponíveis, a exemplo das cartas planialtimétricas de Cacoal e Presidente Médice elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na escala de 1:250.000, os mapas geomorfológico e pedológico, elaborados pelo Projeto RadamBrasil, Ministério das Minas e Energia, além das imagens de satélite dos anos de 1986, 1999, 2005 e 2007. Os resultados obtidos apresentam a elaboração dos mapas de hipsometria, declividade do terreno, geologia, drenagem, sub-bacias hidrográficas, malha viária e solos, mapeamentos estes que facilitaram dimensionar as características físicas do município estudado. O mapeamento do uso antrópico e cobertura vegetal natural dos anos de 1986, 1999, 2005 e 2007 foi importante para a análise do desmatamento em Cacoal, apontando, que durante os 20 anos de colonização, a reserva indígena não sofreu alterações em sua área de mata para fins agropecuários, mantendo 25,60% da área total do município com floresta nativa. O uso antrópico foi o que mais cresceu durante o período de colonização da região e, por conseqüência, a área de vegetação natural foi a que mais diminuiu, pois, no ano de 1986, 42,65% da área era ocupada por vegetação natural e 31,31% por uso antrópico. Em 1999, a área de vegetação natural caiu para 22,49% e a área de uso antrópico subiu para 51,21%. No ano de 2005, o valor da área ocupada por vegetação natural passou para 15,95% e a área de uso antrópico foi para 57,75%, ou seja, a vegetação natural sofreu redução de 26,70% de sua área, enquanto que o uso antrópico teve aumento de 26,44%. A área de influência urbana também cresceu nos primeiros 12 anos, saindo de 0,24% e subindo para 0,52% e, assim manteve-se nos 8 anos seguintes. Conclui-se com esta pesquisa que o levantamento do meio físico e análise do desmatamento, através de técnicas de geoprocessamento, que o município vem sendo desmatado desde os anos de 1980 e que, se o poder público não tomar medidas para conscientizar a população local, em breve as áreas de vegetação natural não irão mais existir no município, o que causaria graves impactos ambientais. Este fato não compromete somente a estrutura física do município, mas também as pessoas ali instaladas, pois as mesmas retiram desta terra o seu sustento.

Banca/Orientador(es): 
Prof. Dr. Roberto Rosa
Banca / Examinador(es): 
Prof. Dr. Jorge Luis Brito Silva - UFU, Prof. Dr. Wallace de Oliveira - UFMS
Discente: 
Baltazar Casagrande